sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Superstições japonesas

O Japão é um país com muitas superstições. Algumas delas podem parecer-nos muito estranhas, mas também as nossas podem parecer muito estranhas aos japoneses.
  • A pronúncia do número 4, shi em japonês, é a mesma pronúncia para a palavra morte. O número 9 é pronunciado ku, que também pode significar dor. Por isso, geralmente, hóteis e hospitais não tem o quarto andar. Também não se deve presentiar ninguém com algo que esteja relacionado com estes dois números.
  • Não deve passar comida dos seus hashis ( pauzinhos) para os de outra pessoa. É apenas utilizado após a cremação num funeral, em que os familiares do falecido passam os ossos uns aos outros com os hashis.
  • Também existe uma superstição em relação ao calçado novo. Quando se estreia uns sapatos novos devem ser estreados de manhã, caso contrário devem ser passados pelo fogo antes de calçar ou calçados na casa de banho. 
  • Tal como para nós os signos são algo em que acreditamos, no Japão acredita-se que o tipo de sangue influência a personalidade da personagem.
Mas no meio de tantas supertições, o que é que dá sorte?
  • Comer mochi (bolinhos de massa de arroz) ou osechi ryori (prato especial de ano novo) trará muita longevidade para o novo ano.
  • Quando passear pelo campo e encontrar pele de cobra, guarde-a na carteira pois trará fortuna e sorte. 
  • Cócó de pássaro quando caida na cabeça também trará muita sorte.
Mochi
E o que dá azar?
  • Matar uma aranha à noite dá muito azar, segundo as supertições japonesas, pode fazer com que perca o seu dinheiro.
  • Não se deve pisar as bordas do tatami.
  • Se passar um carro fúnebre deve-se esconder os polegares para não acontecer nada aos pais.
  • Não deixe arroz no prato pois pode ficar cego.
Para atrair a boa sorte existem os amuletos japoneses. O daruma é um dos mais populares talismãs de sorte e é vendido em festivais religiosos e feiras. Quando tocado em qualquer de seus lados, o boneco balança e volta a sua posição inicial, ou seja, de pé. 
É por isso chamado de okiagari koboshi (boneco sempre em pé) e é um símbolo de perseverança, flexibilidade e determinação. Um provérbio japonês que está intimamente associado ao daruma: “Nana Korobi Yaoki” (Cai sete vezes, levanta-te oito).

Darumo com uma das pupilas pintada
Este boneco é essencialmente um boneco de desejos. Vem com os olhos em branco, porque o costume é pintar uma pupila quando pedir um desejo, e então quando o desejo se realizar, a outra pupila é pintada. Até que o desejo se torne realidade, o daruma é colocado num local alto na casa, tipicamente fechado com outros pertences significativos, como o butsudan (oratório budista familiar).

Entre os mais conhecidos talismãs está também o manekineko, um gato com uma pata levantada. Esta figura é vista no Japão como símbolo de boa sorte, acenando, com a sua pata curvada, para a prosperidade e sucesso nos negócios. Atualmente eles são fabricados em variedades, como cores diferentes para justificar um desejo específico (preto para proteção; rosa para o amor; dourado para dinheiro; vermelho para saúde; o gato manchado dá boas-vindas aos clientes e traz sucesso empresarial e felicidade pessoal). Além das cores, existem os gatos com a pata esquerda ou direita levantada. Dizem que a pata esquerda atrai riqueza e bens materiais; e a pata direita atrai a pessoa amada ou ajuda a encontrar um grande amor.

Vários tipos de manekineko 

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